sexta-feira, 8 de abril de 2011
A Pollyanna dentro de mim
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Pela Janela da Sala, Pela Janela do Quarto
“Uma garota de cinco anos caiu do sexto andar do prédio em que o pai e a madrasta moravam. Ambos foram à delegacia e disseram que um suposto criminoso jogou a menina pela janela, mas não sabiam quem era. Isabella Nardoni chegou a ser socorrida, mas morreu pouco depois. No corpo da menina, peritos encontraram lesões incompatíveis com a queda, surgindo, assim, a possibilidade de que ela teria sido agredida momentos antes de cair da janela do apartamento....”
“É um absurdo, como pode um pai e uma madrasta jogaram pela janela a própria filha? A menina tinha apenas cinco anos. Estou inconformado, a população está inconformada. Isabella Nardoni tinha lesões pelo corpo. O pai agrediu a filha antes de jogá-la pela janela...”
Quando a notícia da morte da menina Isabella Nardoni saiu nos veículos de comunicação de massa, assim como eu, muita gente acompanhou o desfecho dessa trama pelos diversos meios: rádios, jornais, revistas e principalmente a televisão, pois essa notícia envolvia uma criança, o pai e a madrasta. Cada veículo de comunicação divulgou a notícia, e todo seu desfecho, da maneira que achou conveniente, e ela repercutiu na população brasileira: foi assunto em trote de faculdade de direito, na hora do almoço do trabalho, nos debates das faculdades de comunicação social. Muitas pessoas faziam questão de participar do júri popular pelo qual o pai e a madrasta seriam julgados.
Existe uma lei de imprensa que obriga os veículos de comunicação a dedicarem uma porcentagem do seu tempo/espaço a casos de violência doméstica, como o caso de Isabella Nardoni, e esse é um dos motivos pelo qual a morte da menina foi tão comentada, porém alguns profissionais da área saíram um pouco de seus limites e cederam diante do sensacionalismo, enquanto alguns veículos eram imparciais e não apontavam o culpado, outros já apontavam o pai e a madrasta como criminosos antes mesmo do resultado final do julgamento, além de apelarem pala o lado emotivo para ganharem mais audiência, contrariando os códigos de ética e conduta da área.
Fico indignada com as atitudes dos “profissionais” da área de jornalismo, que fazem com que seu diploma caia pela janela (como já caiu, por não ser mais obrigatório), assim como Isabella (que também não está mais aqui), no lugar de trazer orgulho aos futuros profissionais de jornalismo.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Entre a Angustia e a Esperança
Lembro como se fosse hoje, há 12 anos a maioria dos jornais davam a notícia de que uma menina de 10 anos havia sido sugada pelos cabelos por um sistema de sucção da piscina do prédio em que morava.
Na época esses mesmos jornais não deram a notícia de sua morte, nem de sua sobrevivência, mas hoje, lendo minhas notícias rotineiras, descobri que esse menina chama-se Flávia, e que ela foi salva por seu irmão quatro anos mais velho e que doze dias depois do trágico acidente, ela abriu os olhos, e sua família recebeu a notícia de que ela estava em coma irreversível.
Oito meses depois, sua mãe Odélia resolveu levá-la pra casa e cuidar dela lá. No começo, ela acreditava em milagres e por isso a levava em retiros espirituais. Todos os dias ela recebia promessas e certezas de que se ela seguisse tal religião a filha seria curada.
Flávia está as vésperas de completar 22 anos, uma vez ou outra ela tem alguns reflexos, e sua mãe a esperança de que um dia ela volte ao normal.
O que estou querendo ressaltar aqui, é o amor de uma mãe para uma filha. Há 3 anos, essa mãe criou o blog “Flávia, vivendo em coma” (http://flaviavivendoemcoma.blogspot.com/), em que ela fala como se fosse a menina, ou seja, deu voz a filha que já não fala há 12 anos, e ainda alerta ao perigo das bombas de sucção de piscinas e mais do que isso, fala da lerdeza da (in) justiça brasileira.
Na mesma época, Odélia entrou com um processo contra o condômino (que instalou a bomba de sucção indevida) e a industria fabricante da bomba. Os tribunais colocaram em dúvida até a inteligência da menina que tinha como média escolar nota 9,3 e tinha Inglês e Espanhol fluente e falaram também que a mãe era culpada por deixar sua filha sozinha na piscina (apenas ressaltando que a menina nadava muito bem, e que ela estava com o irmão 4 anos mais velho). O caso foi parar no Supremo Tribunal Federal, e apenas esse ano a causa foi ganha pela mãe, o condomínio terá que pagar indenização, porém a industria fabricante foi absolvida.
Neste sábado também saiu na revista Época a rotina dessa mãe que sonha um dia ouvir novamente a voz de sua filha. http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI105927-15228,00-SAUDADES+DE+SUA+VOZ.html
terça-feira, 17 de novembro de 2009
A verdade é que nunca saberemos o que realmente ocorreu dentro da faculdade. Algumas testemunhas falaram que ela ergueu o vestido e ficou provocando os estudantes, outras falaram que ela simplesmente não fez nada e que foi humilhada por usar o tal do minivestido cor de rosa.
Em primeiro lugar: se a menina não podia entrar na escola com aquela roupa, os seguranças ou os responsáveis deveriam informá-la educadamente de que ela não poderia freqüentar as aulas com aqueles trajes inadequados.
Segundo: estudei durante dois anos e meio em um universidade católica, em que, mesmo no inverno, algumas meninas iam para a faculdade de cinto, no lugar de saia e nunca ninguém se quer falou alguma coisa.
Terceiro: a vida é da menina e ela faz o que quer com ela. Ser biscatinha é o estilo dela e ninguém tem nada a ver com isso e ponto.
O que acontece agora, é que ela conseguiu toda a publicidade que queria: vai aparecer em diversos programas de televisão, vai leiloar o tal do minivestido e ainda vai posar na playboy (e ela nem é tão bonita assim, tem rosto de pobre, é gorda e cheia de celulite, mas o photoshop faz milagre!), sem contar que ela pode processar a faculdade e ganhar uma grana preta! E o que esses estudantes da UNIBAN que humilharam a tal da Geyse ganharam com isso? Pois é, nada!!
Como se esses estudantes não estivessem gostando de ver a popa da bunda da menina por baixo daquele minivestido...
Que fique bem claro, não sou a favor da roupa que a menina estava usando, o que estou querendo dizer, é que sou contra o comportamento dos estudantes, apenas isso!!
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Tudo Novo DE NOVO
terça-feira, 28 de julho de 2009
Fregues bom é da fiel!
Eu nunca postei nada sobre esportes, embora todo mundo que me conhece saiba que essa é uma das minhas paixões, principalmente o futebol, que é sem dúvida o esporte mais jogado e disputado no Brasil. Portanto não tenho como não comentar o clássico mais esperado do país: Palmeiras e Corintians. Tenho que confessar que o campeonato brasileiro já estava sem graça sem esse timéco rsrsrsrs...
Brincadeiras a parte, porque tenho uma grande admiração por determinados jogadores do Corintians, a verdade é uma só: o Palmeiras goleou o Corintians. Na verdade o time adversário contou com a ajudinha do juíz, se não seriam cinco a zero, e não três.
Bom, fomos convidados (meu namorado e eu) para um churrasco na casa de uma família, acreditem se quiser, é inteira Corintiana, no começo não quis ir, eu falava: "não amor, vai dar azar, temos que ir ao beco, lá somos invictos", haha pura superstição, acabamos indo, e só haviam três palmeirenses no local, e claro, um santista para cornetar, o restante, familiares e amigos do dono da casa, eram todos corintianos roxos..."Vai ser três a um para o Corintians"..."Não, vai ser três a zero para o Palmeiras, com dois gols do Obina"...... "Imagina, levar gol do Obina"...
A partida começou, e só se ouvia falar do grande fenômeno, que queria brilhar, e como sempre, brilhou: com o excesso de gordura, caiu em cima do próprio braço e foi obrigado a ser substituído logo no primeiro tempo, e o único gordo que brilhou na partida foi sem dúvida nenhuma o novo fenomeno Obina! Sim, companheiros corintianos da partida desse ultimo domingo, vocês não levaram apenas dois gols do Obina, mas sim cinco!!!
Curiosidades do maior clássico: Palmeiras X Corintians
1. O nome Derby foi criado pelo jornalista Thomas Mazzoni, de A Gazeta Esportiva, para definir o jogo entre Corinthians e Palmeiras, por ser um jogo difícil de apontar o vencedor, como eram as corridas de cavalo disputadas em Epsom, uma tradicional prova de cavalos na Inglaterra e chamaada de ”Derby”;
2. O Palmeiras é o time que mais enfrentou o Corinthians, assim como o Corinthians é o time que mais enfrentou o Palmeiras – 328 jogos;
3. O Palmeiras venceu 119 jogos, enquanto que o Corinthians levou a melhor 112 vezes. Houve 97 empates. O Palmeiras marcou 482 gols e Corinthians 441.
4. O primeiro gol foi marcado por Caetano, aos 18 minutos do segundo tempo na vitória por 3×0 do Palestra frente ao Corinthians em 06 de maio de 1917 (Caetano fez os 3 gols naquele jogo) – o Corinthians estava invicto havia 3 anos – 25 jogos;
5. A primeira vitória do Corinthians aconteceu apenas no sexto jogo entre as duas equipes, em 3 de maio de 1919, por 3×0;
6. A maior goleada aconteceu em 3 de novembro de 1933: Palestra Itália 8 x 0 Corinthians;
7. O último clássico disputado no Parque São Jorge aconteceu em 18 de agosto de 1940 e foi vencido pelo Corinthians por 2×0;
8. O primeiro clássico disputado no Pacaembu aconteceu em 5 de maio de 1940 e foi vencido pelo Palestra Itália por 2×1;
9. O clássico com maior número de gols aconteceu em 18 de janeiro de 1953 e foi vencido pelo Corinthians por 6×4;
10. Na final do campeonato paulista de 1954, em 6 de fevereiro de 1955, devido um boato relacionado a “macumba”, o Palmeiras entrou em campo com camisas azuis. O jogo acabou 1×1 e proporcionou o título ao Corinthians (o último antes da série de 23 anos do Jejum de Títulos). O Palmeiras aposentou as camisas azuis naquele dia mesmo;
11. A final do campeonato paulista de 1974 foi a grande chance do Corinthians de acabar com a falta de títulos, que já durava 20 anos. Alguns jornalistas garantem que Ademir da Guia teria cumprimentado Rivelino, pela conquista do título antes do jogo, uma vez que após o jogo seria impossível encontrá-lo devido a possível invasão em campo dos torcedores corintianos. O resultado final foi 1×0 para o Palmeiras, gol de Ronaldo;
12. O último clássico disputado no Parque Antarctica aconteceu em 21 de janeiro de 1976 e acabou empatado por 1×1
13. Menos de 6 meses depois de estrear com a camisa do Corinthians, Casagrande caiu definitivamente nas graças da torcida ao marcar 3 gols, em 4 minutos, na vitória de 5×1 frente o Palmeiras em 1 de agosto de 1982;
14. Em 24 de agosto de 1986, pela semifinal do Paulistão o juiz Ulisses Tavares da Silva Filho, deixou de marcar um pênalti claro para o Palmeiras, anulou um gol legal do Palmeiras e validou um gol ilícito do Corinthians, resultado: Corinthians 1×0 Palmeiras. No jogo de volta, no entanto, sem a influência do árbitro o Palmeiras goleou o Corinthians por 3×0 e se classificou para a final;
15. Após 16 anos na Fila, e depois de perder a primeira partida por 1×0, gol de Viola, o Palmeiras goleou o Corinthians por 4×0 e conquistou o título paulista de 1993, em 12 de junho de 1993;
16. Na única vez que o clássico decidiu um título nacional, em 18 de dezembro de 1994, com um empate em 1 gol, o Palmeiras conquistou o título daquele ano. (A primeira partida aconteceu em 15 de dezembro e foi vencida pelo Palmeiras por 3×1.);
17. O primeiro clássico disputado por uma competição sul-americana aconteceu em 27 de fevereiro de 1999, pela Taça Libertadores da América, e foi vencida pelo Palmeiras por 1×0;
18. Pelas quartas de finais da Taça Libertadores da América de 1999, em 5 e 12 de maio de 1999, após uma vitória palmeirense por 2×0 na primeira partida e uma corintiana por 2×0 na segunda, Marcos, goleiro do Palmeiras, se consagrou ao defender o pênalti batido por Vampeta (Dinei bateu sua cobrança na trave). O resultado na disputa por pênaltis por 4×2 para o Palmeiras;
19. Em 20 de junho de 1999, o Corinthians conquistou o título paulista ao empatar com o Palmeiras por 2×2 ( Na primeira partida o Corinthians havia goleado por 3×0). No final da partida o jogador Edílson começou a fazer embaixadas, com a intenção de provocar os jogadores do Palmeiras, o que provocou uma confusão generalizada em campo;
20. Pelas semifinais da Taça Libertadores da América de 2000, em 30 de maio e 6 de junho de 2000, após uma vitória corintiana por 4×3 na primeira partida e uma palmeirense por 3×2 na segunda (após estar perdendo por 2×1 até os 13 minutos do segundo tempo), Marcos, goleiro do Palmeiras, novamente, se consagrou ao defender o pênalti batido por Marcelinho Carioca. O resultado na disputa por pênaltis por 5×4 para o Palmeiras.
Nota: José Renato Sátiro Santiago Junior
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Para ver antes de morrer - Parte V
Nascido em abril de 1952, foi um conhecido jornalista e escritor francês, editor-chefe da revista de moda Elle, durante mitos anos. Aos 43 anos, Bauby sofreu um grave acidente vascular cerebral (AVC) e entrou em coma, acordando 20 dias depois no hospital marítimo de Berck-sur-Mer, descobrindo assim que perdera a capacidade de se movimentar e falar podia apenas, piscar os olhos.
Essa doença é conhecida como síndrome de lock-in: os movimentos do corpo inteiro são paralisados, mas a mente se mantém intacta.
Escreveu um livro em seu leito de hospital, e morreu dez dias após a sua publicação, em conseqüência de uma pneumonia. Bauby foi embora deixando a mulher, a amante e três filhos.
O corpo de Jean-Dominique Bauby (redator chefe da revista “ELLE”) está imóvel, mas seu olho esquerdo, sua audição, sua imaginação e suas memórias estão em total funcionamento. Apenas isso já mostra que “O Escafandro e a Borboleta” é um filme triste, mas nem por isso é um filme de desesperança.
Jean-Dominique sofreu AVC (acidente vascular cerebral), no momento quem estava com ele era seu filho mais velho, e quem o levou para o hospital foi a sua amante, em oito de dezembro de 2005 e mergulhou em um coma profundo. Quando saiu do coma, foi atingido pela rara “síndrome de lock-in”, uma síndrome que não permite que a pessoa afetada se mexa, coma, fale ou respire sem a ajuda de aparelhos. A única parte do seu corpo que se movimentava, era o seu olho esquerdo.
A impressionante história real foi escrita no leito do hospital que ele estava internado, com a ajuda de uma fonoaudióloga, que montou um novo abecedário, em que as letras mais usadas na França viriam na frente, e a tradutora que recitava esse alfabeto e Jean-Dominique piscava para a letra que ele gostaria de usar.
O livro é uma narrativa dos momentos em que se recuperava no hospital, misturada com as lembranças do passado da sua vida.
Em alguns momentos, principalmente no começo, nos sentimos preso e sufocado, junto com ele em seu escafandro, mas em outros, conseguimos voar feito borboletas em suas lembranças.
Esse filme mostra a capacidade da mente humana, que mesmo em um corpo inerte, consegue pulsar e dar lições de vida. A nossa pequenez frente ao acaso nos faz refletir de que modo estamos caminhando, as vezes estamos livres para fazer o que quiser, mas nos prendemos pelo medo. Em outras, queremos voar, mas nem sequer damos um salto.
Jean-Dominique procurava uma chave para abrir seu escafandro, e existem pessoas que querem se trancar... por quê?O roteirista Ronald Harwood (o mesmo de “O Pianista”) levou o prêmio Befta pela adaptação do livro para o filme. No total foram mais de 10 prêmios internacionais, mas vamos combinar, merece todos
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 112 minutos
Ano de Lançamento (França / EUA): 2007
Estúdio: Pathé Renn Productions / France 3 Cinéma / Canal+ / Région Nord-Pas-de-Calais / The Kennedy/Marshall Company / C.R.R.A.V. Nord Pas de Calais / Ciné Cinémas / Banque Populaire Images 7
Distribuição: Miramax Films / Europa Filmes
Direção: Julian Schnabel
Roteiro: Ronald Harwood, baseado em livro de Jean-Dominique Bauby
Produção: Kathleen Kennedy e Jon Kilik
Música: Paul Cantelon
Fotografia: Janusz Kaminski
Desenho de Produção: Michel Eric e Laurent Ott
Figurino: Olivier Bériot
Edição: Juliette Welfling