quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Um pouco de Cultura!

A Semana de Arte Moderna foi um evento ocorrido em São Paulo no ano de 1922 no período entre 11 e 18 de fevereiro no Teatro Municipal da cidade. Durante os sete dias ocorreu uma exposição modernista no Teatro e nas noites dos dias 13, 15 e 17 de fevereiro e ocorreram apresentações de poesia, música e palestras sobre a modernidade.
Representou uma verdadeira renovação da linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora e na ruptura com o passado. O evento marcou época ao apresentar novas idéias e conceitos artísticos. A nova
poesia através da declamação. A nova música por meio de concertos. A nova arte plástica exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura. O adjetivo "novo", marcando todas estas manifestações, propunha algo a ser recebido com curiosidade ou interesse.
Vale ressaltar que a Semana em si não teve grande importância em sua época, foi com o tempo que ganhou valor histórico ao projetar-se ideologicamente ao longo do século. Devido à falta de um ideal comum a todos os seus participantes, ela desdobrou-se em diversos movimentos diferentes, todos eles declarando levar adiante a sua herança.
A Semana de Arte Moderna ocorreu em uma época cheia de turbulências políticas, sociais, econômicas e culturais. As novas
vanguardas estéticas surgiam e o mundo se espantava com as novas linguagens desprovidas de regras. Alvo de críticas e em parte ignorada, a Semana não foi bem entendida em sua época. A Semana de Arte Moderna se encaixa no contexto da República Velha, controlada pelas oligarquias cafeeiras e pela política do café-com-leite. O capitalismo crescia no Brasil, consolidando a República e a elite paulista, esta totalmente influenciada pelos padrões estéticos europeus mais tradicionalistas.
As vanguardas européias vieram por causa da necessidade de abandono dos antigos ideiais estéticos do
século XIX .
O principal foco de descontentamento com a ordem estética estabelecida se dava no campo da
literatura (e da poesia, em especial). Exemplares do Futurismo italiano chegavam ao país e começavam a influenciar alguns escritores, como Oswald de Andrade e Guilherme de Almeida.
A pintora Anita Malfatti voltava da Europa trazendo a experiência das novas vanguardas, e em
1917 realiza a que foi chamada de primeira exposição modernista brasileira, com influências do cubismo, expressionismo e futurismo. A exposição causa escândalo e é alvo de duras críticas de Monteiro Lobato, o que foi o estopim para que a Semana de Arte Moderna acontecesse.
A Semana, de uma certa maneira, nada mais foi do que uma ebulição de novas idéias totalmente libertadas, nacionalista em busca de uma identidade própria e de uma maneira mais livre de expressão. Não se tinha, porém, um programa definido: sentia-se muito mais um desejo de experimentar diferentes caminhos do que de definir um único ideal moderno.

  • 13 de fevereiro (Segunda-feira) - Casa cheia, abertura oficial do evento. Espalhadas pelo saguão do Teatro Municipal de São Paulo, várias pinturas e esculturas provocam reações de espanto e repúdio por parte do público. O espetáculo tem início com a confusa conferência de Graça Aranha, intitulada "A emoção estética da Arte Moderna". Tudo transcorreu em certa calma neste dia.
  • 15 de fevereiro (Quarta-feira) - Guiomar Novaes era para ser a grande atração da noite. Contra a vontade dos demais artistas modernistas, aproveitou um intervalo do espetáculo para tocar alguns clássicos consagrados, iniciativa aplaudida pelo público. Mas a "atração" dessa noite foi a palestra de Menotti del Picchia sobre a arte estética. Menotti apresenta os novos escritores dos novos tempos e surgem vaias e barulhos diversos (miados, latidos, grunhidos, relinchos...) que se alternam e confundem com aplausos. Quando Ronald de Carvalho lê o poema entitulado Os Sapos de Manuel Bandeira, (poema criticando abertamente o parnasianismo e seus adeptos) o público faz coro atrapalhando a leitura do texto. A noite acaba em algazarra. Ronald teve de declamar o poema pois Bandeira estava impedido de fazê-lo por causa de uma crise tuberculose.
  • 17 de fevereiro (Sexta-feira) - O dia mais tranqüilo da semana, apresentações músicais de Villa-Lobos, com participação de vários músicos. O público em número reduzido, portava-se com mais respeito, até que Villa-Lobos entra de casaca, mas com um pé calçado com um sapato, e outro com chinelo; o público interpreta a atitude como futurista e desrespeitosa e vaia o artista impiedosamente. Mais tarde, o maestro explicaria que não se tratava de modismo e, sim, de um calo inflamado...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Um pouco sobre Notícia

O Brasil é um país com diferentes raças: negros, asiáticos e principalmente brancos, com a cultura voltada para a Europa, de onde acreditam provirem todo o progresso e civilização.
Todas essas identidades nacionais não aparecem na TV, para um negro virar protagonista de novela, levou tempo, muito tempo, impondo uma determinada noção de identidade nacional, impedindo o livre acesso a tela, para a formação de outras identidades.
Concentrada no Rio de Janeiro e em São Paulo, a televisão busca unir todos esses povos existentes no Brasil, principalmente a partir dos anos 70, em que foi possível passar imagens a longa distância. Tornou-se um formador de opinião, principalmente por causa das telenovelas e telejornais que busca no mundo branco, passar as informações políticas, econômicas e sociais para um país totalmente miscigenado.
A população volta seus olhares para São Paulo e Rio de Janeiro, que possuem grande capital para fazerem som e imagem de ultima geração, enquanto isso, as emissoras regionais penam para conquistarem um pequeno público. Mas nem sempre foi assim. A televisão nasceu local, tornando-se nacional após sua maior idade.
A primeira emissora de TV a surgir, foi a TV tupi, em 1950. Os telespectadores podiam captar a imagem e um raio de 100 quilômetros e torno do transmissor que gerava a imagem, assim cada emissora tinha programações diferentes do que ela é hoje. Em cada uma das cidades em que surgia uma emissora de TV, a programação era diferente. A telenovela que passava em São Paulo, não era a mesma que passava no Rio de Janeiro. O noticiário que passava em Curitiba não era o mesmo que passava em Recife e assim por diante.
Em 1960, chegou ao Brasil o videoteipe, um equipamento que mudaria para sempre o problema do regismo da imagem na TV. Ainda não havia a edição eletrônica de imagens e nem de utilizar o videoteipe como recurso expressivo da linguagem. O produto era caríssimo, mas chegou ao Brasil porque os principais eixos (São Paulo e Rio de Janeiro) tinham que ver a inauguração de Brasília.
A possibilidade de duplicação e por extensão de comércio dos programas de TV, levou a formação de grandes redes nacionais. Os programas de maiores sucessos de uma determinada região eram copiados e vendidos para outras emissoras regionais. São Paulo e Rio de Janeiro tinham a maior concentração de talentos artísticos, e a partir daí há um declínio na produção regional e a programação passa a ser nacional, apenas pelo fato de possibilitar a todo país o uso dos mesmos produtos culturais.
Em 1970, com a criação das microondas, foi possível fazer a transmissão de programas ao vivo e em tempo real. Em 1985, as microondas já tomavam conta de todo o quadrante brasileiro, sendo assim o número de provedores de programas reduziu-se a pequenas empresas: Tupi, Globo, Bandeirantes e Record.
A identidade nacional passou a ser medida pelo sotaque carioca e pela mentalidade paulista, usando o ponto de vista das duas metrópoles.
A idéia de reduzir custos e gerar lucros foi a responsável pela redução de emissoras regionais.
Nos anos 90, chega ao Brasil a TV por assinatura, que oferecem dezenas de canais e é aí que surge os canais de acesso público: comunitários, legislativos, universitários, educativos e culturais. Isso permite que os grupos mais variados façam televisão.
Não tem como deixar que o mercado televisivo se ordene sozinho, são necessários mecanismos legais de regulação, impondo percentuais obrigatórios de produção regional, e também de programas independentes.
Agora o objetivo é expandir as redes nacionais para o exterior do Brasil, e para isso a TV digital entra no século XXI com tudo.
A televisão digital usa um modo de modulação e compreensão digital para enviar vídeos, sons e sinais de dados aos aparelhos compatíveis, proporcionando transmissão e recepção de maior quantidade de conteúdo por uma mesma freqüência e de alta qualidade da imagem.
Emissoras e industrias de equipamentos financiaram parte dos testes de laboratório e de campo para comparar a eficiência técnica dos padrões tecnológicos existentes em relação a transmissão e recepção dos sinais.
A TV digital chegou ao Brasil no dia dois de dezembro de 2007, às 20horas e 48 minutos, com o pronunciamento do Presidente da Republica, inicialmente em São Paulo, mas com intenções de se expandir para o Grande Rio.

Uma Apologia Necessária


Richard Harwood é um escritor e especialista em aspectos políticos e diplomáticos da segunda guerra mundial. Em 1988 escreveu uma coluna no jornal "The washington Post" criticando a falta de leitura que vem da década de 70 até os dias de hoje.
A população tem aumentado torno de 34% enquanto a circulação de jornais aumentou menos de 1%. As pessoas com o poder aquisitivo e grau de escolaridade maior compram e lêem mais jornais e revistas às pessoas com poder aquisitivo e grau de escolaridade baixo. Porém na década de 50, 100% das unidades de moradia recebiam jornais em suas casas, em que muitas das pessoas não tinham o ensino superior completo. A queda na leitura de jornais ou revista não está clara, podendo ser responsável o nível das escolas públicas e até mesmo os meios de comunicação.
Antes do desaparecimento dos leitores os jornais buscaram medidas para a modificação do jornal e o interesse pela leitura. Uma dessas mudanças foi a diagramação modular, e o anexo de imagens para despertar o interesse no leitor e torná-la mais fácil de ser percorrida com o olhar.
Uma outra mudança foi a divisão do jornal em colunas, como por exemplo: coluna política, econômica, Social, Esportiva, entre outros, havia também colunas femininas que pautavam assuntos desde uma candidata a algum cargo político até receitas culinárias.
Na década de 70 teve inicio ao projeto leitura: problema do desaparecimento dos leitores de forma sistemática. Um Dos estudos que mais provocou mudanças foi realizado pelo Snaej (sociedade norte americana de editores de jornais). Esse estudo teve como base discussões dirigidas entre 12 grupos de cidades norte americanas, que defendia o melhor relacionamento entre jornalistas e leitores.
Cinco anos depois, de a industria jornalística ter adotado a noção de noticiário, Ruth Clark fez a reaparição com um estudo quantitativo realizado com uma metodologia científica, muito diferente do seu estudo anterior. A primeira Rutch Clarck, não se manifestava contra o noticiário de forma exclusiva, mas chamou a atenção para uma cobertura mais leve. Clarck disse ainda que os jornais estão aqui para ficar, não importa o que apareça na TV ou no computador.
O Primeiro jornal a adquirir as mudanças foi o "USA Today" que usava e a buscava de cores e imagens. Tinha como objetivo atrair o público jovem, criativo e inovador. Com a sua forma inovadora o jornal "USA Today" tornou-se o segundo maior jornal, perdendo apenas para "the wall street journal".
Mesmo com todas as mudanças a população, não só a norte americana, como a população do mundo inteiro, continuam sem ler o impresso, preferindo muitas vezes ouvir o noticiário ao caminho do trabalho através do rádio, ou então assisti-lo pela televisão ao chegar em casa após um longo dia de trabalho.
A ritmo de vida das pessoas estão cada vez mais rápidos e muitas acham que não tem tempo para ler os impressos, tornando mais fácil e rápido os outros meios de comunicação. Mas como disse Ruth Clarck, os impressos não desapareceram nem mesmo com a TV e a internet.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Bonecas Quebradas

“A violência origina-se do latim violentia que significa o ato de violentar abusivamente contra o direito natural, exercendo constrangimento sobre determinada pessoa por obrigá-la a praticar algo contra sua vontade”
(CLIMENE & BURALLI, 1998).



Violência doméstica é um fenômeno complexo, de difícil definição, mas as conseqüências são devastadoras as vítimas diretas de seus agressores. Não existe classe social para a violência doméstica ocorrer, isto é, ela atinge todas as classes. Como exemplo temos os casos da SuzaneVon Richthofen (classe média alta, condenada a 39 anos e seis meses de prisão pelo assassinato dos pais Manfred e Marísia von Richthofen. Ela assassinou os pais a paulada enquanto dormiam em sua mansão em São Paulo. O assassinato foi cometido com a ajuda do namorado e do cunhado, os irmãos Cravinhos) e Eloá Cristina Pimentel (classe baixa, assassinada pelo ex-namorado Lindemberg Alvez da Silva de 22 anos, que a manteve em cárcere privado por mais de 100 horas).
As Nações Unidas definem violência contra a mulher como:


"Qualquer ato de violência baseado na diferença de gênero, que resulte em sofrimentos e danos físicos, sexuais e psicológicos da mulher; inclusive ameaças de tais atos, coerção e privação da liberdade seja na vida pública ou privada".
(Conselho Social e Econômico, Nações Unidas, 1992).

Esse tipo de violência ocorre dentro da casa da vítima, no caso da menina Isabella Oliveira Nardoni, de cinco anos, aconteceu dentro do apartamento de seu pai Alexandre Alvez Nardoni e sua madrasta Ana Carolina Jatobá, em um edifício na zona norte de São Paulo. É todo ato ou omissão praticado por pais, parentes, familiares ou extra familiares, como namorado, noivo, etc, que é capaz de causar dano físico, sexual ou psicológico a vitima.
Esse assunto é importante ser tratado porque está na mídia o tempo inteiro. Como nas novelas “A favorita” (com Catarina, interpretada por Lilian Cabral e Léo, interpretado por Jacson Antunes) e em “Vale a Pena Ver de Novo” com a novela “Mulheres Apaixonadas” (Com Raquel, interpretada por Helena Rinaldi, e Marcos, interpretado por Dan Stubah), nos telejornais, principalmente com o caso da adolescente Eloá Cristina Pimentel, assassinada pelo ex – namorado e mantida em cárcere privado por mais de cem horas, nos portais de internet com casos de pais que molestam filhas, tem filhos com elas (casos de incestos) com isso, consideramos importante que a mulher fique atenta com as leis que a protegem como a lei Maria da Penha:

“Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.”


Lei N° 11.340, de 07 de agosto de 2006




Já que a maioria das pessoas agredidas não denuncia por medo e vergonha, e isso tem prejudicado e aumentado cada vez mais esse tipo de violência na sociedade. Querendo ou não, este é um assunto que nos afeta diretamente, pois muitas vezes nos colocamos e nos enxergamos no lugar da pessoa que passa por essa agressão.A importância desse assunto apela para o crescimento da violência doméstica:

Violência física: Uso da força ou atos de omissão, cometidos pelo agressor com o objetivo claro ou não de ferir, deixando ou não marcas evidentes. Algumas agressões como murros e tapas, queimaduras por objetos ou líquidos quentes são alguns exemplos desse tipo de violência. Isso foi o que aconteceu com a menina Isabella: que foi sufocada, estrangulada e apresentava ferimentos na testa e na perna direita, antes de ser jogada pela janela do sexto andar e ser morta pelo pai e pela madrasta.

Violência Psicológica: É a violência em que o agressor vai minando a auto estima da vítima, anulando ou desclassificando suas emoções, desvalorizando suas realizações, e ridicularizando-a em casa ou na rua. A violência psicológica inclui todas as condutas ou ações que tenham como propósito ofender, controlar e bloquear a autonomia do agredido. Pode ocorrer por meio de agressão verbal, humilhação intimidação, desvalorização, etc.

Violência Moral: é a agressão ao caráter da pessoa, acontece principalmente no ambiente de trabalho também é conhecido como psicoterror ou bullying que atende por repetição ou sistematização contra a dignidade ou a integridade psíquica de uma pessoa.


Violência Sexual: qualquer conduta sexual contra a vontade da pessoa, isso pode sugnificar além da penetração vaginal ou anal, também tocar seus genitais ou fazer com que o outro o toque, ou contato oral genital. A maioria desses casos não é reportada, muitas vezes porque a pessoa abusada tem medo ou vergonha do que se passou com elas.

Após a morte de Isabella, os peritos médicos e legistas concluíram que a menina foi espancada: "O corpo apresenta várias escoriações e hematomas próprios de pancadas. Ela foi espancada", atesta um perito que teve acesso aos dados do IML.Os dados pré eliminares apontam ainda que o casal não havia ingerido bebidas alcoólicas e nem usado drogas, foi feito um pedido de habeas corpus, que foi concedido pelo juiz, que disse não haver provas concretas para mantê-los presos. Mas no mérito do habeas corpus, feito pelo supremo tribunal de justiça, o casal foi preso novamente. Alexandre Nardoni foi enviado para o presídio de segurança máxima de Tremembé, José Augusto César Salgado, juntamente com Lindemberg Alves e os irmãos Cravinho, e irá a júri popular. Ana Carolina Jatobá Está presa também no presídio de segurança máxima feminina em Tremembé juntamente com Suzane Von Richthofen.

Entre Bonecas e Notícias...

Eu estava voltando para casa e então meu namorado disse: "Por que você não monta um blog? Sabia que isso entra no seu currículo?", eu respondi que tinha vontade de publicar um blog com os artigos que eu jah escrevi e tals, mas eu achava que não teria paciência pra ficar postando coisas novas...

Resolvi que não custa tentar.

Então o Rosa não é Pink é um blog, que apesar do nome e do layout totalmente feminino, que mostrará meu ponto de vista a respeito de determinados assuntos, comentarei matérias que saírem nos jornais, revistas, televisivos...enfim é um blog para se ter liberdade de expressão!