quarta-feira, 27 de maio de 2009

A Força de um Gigante

Pra quem gosta de Literatura, vale a pena conferir "O velho e o mar" de Ernest Hemingway foi uma das obras mais conceituadas do autor, ganhando o prêmio Plizer, além de ter sido a justificativa para o prêmio Nobel de Literatura em 1954.

Ernest Hemingway


Nascido em 1899, na cidade de Illinois (Estados Unidos), Ernest Hemingway foi criado pelo pai médico da zona rural, cresceu em um ambiente pobre e rude, descrito em um de seus livros de contos “In Our Time”.
Iniciou sua vida de escritor aos 18 anos, no jornal “Kansas City”. Após a entrada dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial em 1918, Hemingway tentou alistar-se para o exército americano, mas não foi aceito devido a um problema na visão. Decidido a ir à guerra, conseguiu uma vaga de enfermeiro de ambulância na Cruz Vermelha, gravemente ferido, foi hospitalizado em Milão, onde se recuperou e se apaixonou pela enfermeira Agnes Von Kurowsky, que se tornou sua inspiração para escrever o livro “Adeus as Armas” com a heroína inglesa Catherine Barkley.
Depois de voltar ao jornalismo em 1921, foi para Paris, iniciando seu convívio com outros escritores americanos e com o meio cultural mais efervescente da época. Sentindo falta do jornalismo e da vida de correspondente internacional, mudou-se para a Flórida, e na década de 30 decidiu sair para uma pescaria em alto mar com amigos, que terminou em Havana, capital Cubana, hospedou-se e um hotel no bairro de Habana Vieja bairro mais antigo da cidade que se tornou o lar do escritor, e os cenários que comporiam sua história e a da própria ilha pelos próximos 23 anos.
Em 1954 ganhou o prêmio Nobel de literatura e o livro “O velho e o Mar” foi explicitamente mencionado como uma justificativa para o prêmio, sendo considerado uma obra-prima para a prosa moderna.
Ernest Hemingway suicidou-se em 1961, e até hoje sua morte é um dos assuntos mais polêmicos nas discussões sobre sua vida e obra.






O Velho e o Mar
Autor: Ernest Hemingway
Editora: Bertrand Brasil
Valor: R$31,00
Edição: 55 - 2004
Idioma: Português
Número de páginas: 128

Obs: Em março de 2000m foi realizada uma adaptação para desenho animado, toda desenhada a mão pelo artista russo Alexander Petrov.



A Força de Um Gigante

A constante luta pela sobrevivência e a relação do homem com o mar são o apoio desta obra que foi a última de Ernest Hemingway publicada ainda em vida, em Cuba de 1952.
“Tudo o que nele existia era velho, com exceção dos olhos, que eram da cor do mar, alegres e indomáveis”, assim é descrito Santiago, um velho pescador, que antes era respeitado por todos os outros pescadores da aldeia, mas visto agora como sinônimo de azar e fracasso. Há 84 dias sem fisgar nenhum peixe, ele decide enfrentar uma busca desesperada mar a dentro, para pegar o maior peixe que cruzar o seu caminho. Assim, contando com a sorte, com um pingo de água e poucas iscas de sardinha, Santiago parte em direção ao golfo do México, alimentando-se de golfinhos e peixes voadores, que pescava durante a sua jornada, enfrentando o sol quente que lhe queimava a visão e a solidão do mar.
Fingindo conversar com alguém, enquanto na verdade clamava seus pensamentos, Santiago narra suas aventuras do passado, e deseja desesperadamente a presença de seu pequeno aprendiz e amigo Manolin, que foi obrigado pela família a deixar o velho e a se juntar a pescadores mais sortudos que ele.
Em toda narrativa, Ernest Hemingway mostra todos os seus conhecimentos ao descrever que para sobreviver em alto mar é preciso além da sorte, muita sabedoria sobre as mudanças climáticas e as correntes marinhas, a localização dos cardumes e o comportamento dos peixes, e mais do que isso, ele nos envolve com as dúvidas de Santiago, as suas angustias, nos faz sentir a mesma dor que ele, nos faz sentir o cheiro da água salgada e o gosto do peixe cru.
"E assim, quando já não podia mais ver o verde da costa e sim os cumes das colinas azuis, com o mar calmo em que a luz formava prismas na água", Santiago viu uma de suas varas dobrar-se violentamente. Ele sabia exatamente o que era: há uns 150 metros de profundidade, um espadarte estava comendo a sardinha que cobria a ponta do anzol, indo cada vez mais longe da costa. A luta durou três longos dias, com sol a pino castigando-lhe os olhos, a linha rasgando-lhes as mãos, até que apenas uma delas continuava em condições para que o velho Santiago vencesse o enorme peixe.
O autor buscava uma prosa calcada na linguagem jornalística, baseada em verbos e substantivos, e não nos adjetivos, que considerava excessos emotivos. Suas obras eram romances e nevolas aventurescas, em que o personagem principal quase sempre tinha uma batalha a enfrentar, as vezes superior a sua força.
"(...) O esqualo não veio por acaso. Viera das profundezas das aguás, quando a nuvem escura de sangue se espalhara pelo mar que tinha uma milha de profundidade. O tubarão subira depressa, sem o menor cuidado, e, quando veio a tona na água, brilhou inesperadamente ao sol. Em seguida tornara a mergulhar no mar e começara a nadar em perseguição da embarcação e do peixe (...)"
Santiago sabia que a volta para Havana não seria fácil, atraídos pelo sangue da conquista, é perseguido por tubarões de diferentes raças e tamanhos, e escapando de cada um deles com apenas dois remos, o leme e o pequeno martelo, chega a seu destino apenas para constatar o seu cansaço e a carcaça do enorme peixe.
Quebrado por dentro e depois de cuspir um líquido estranho, Santiago vai para o pobre casebre onde vive, derrotado deita em sua cama coberta de jornais velhos e descansa sob os cuidados do pequeno Manolin. Com o amanhecer, outros pescadores vêem o barco atracado, com o esqueleto do peixe amarrado em um dos lados e o comprimento do espadarte traz de volta ao velho a admiração de todos.
Enfim o livro “O velho e o Mar” conta a estória de um homem persistente e de inabalável confiança em si próprio, mesmo diante dos terríveis obstáculos que a vida lhe impõe. A obra nos envolve nas angustias e sonhos de um velho pescador, testa os limites da capacidade humana diante de uma natureza voraz, e acima de tudo nos mostra como devemos agarrar os nossos sonhos e nunca desistirmos dele.



Ao meu namorado e Melhor amigo

Várias pessoas me perguntam porque não atualizo meu blog, mas ninguem pediu mais do que meu namorado e melhor amigo, e é pra ele que vai a minha atualização.
Esse blog não é pra falar da minha vida, mas resolvi escrever esse artigo porque é o que eu estava sentindo no momento e virou um artigo que poderia ser publicado em uma dessas revistas teens como a Capricho ou a Gloss. Então aí Vai.


Reflexões para um grande Amor


As vezes eu paro para refletir: "Será que estou fazendo a coisa certa? Ser do jeito que eu sou, ter os amigos que eu tenho, fazer o curso que eu faço?". Entre tantas outras dúvidas, me pergunto principalmente: "Será que é certo namorar o meu melhor amigo?"

Algumas Respostas levam algum tempo pra gente descobrir, outras porém são simples e fáceis. Como namorar meu melhor amigo, por exemplo.

Quando a gente era só amigos, ficavamos horas no MSN, no e-mail, trocavamos depoimento por orkut todos os dias. Trabalhavamos juntos. Almoçavamos juntos...e hoje a única coisa que mudou, foi que não trabalhamos mais juntos.

Como ele era meu melhor amigo, mesmo ele tendo escondido que gostava de mim por vários meses, eu sentia que não era só amizade, e chega uma hora que é impossível continuar escondendo esse sentimento, e mesmo já sabendo e sentindo, a gente leva um grande susto quando a verdade vem a tona.

Querendo ou não, o meu sentimento com relação ao meu melhor amigo também começou a mudar, mas é uma situação complicada...Já pensou se eu estivesse confundindo os sentimentos? Ele seria mais um iludido na face da terra!

Acontece que passados dois anos, graças a Deus, ele nunca conseguiu me esquecer, e os meus amigos começaram a perceber que eu não queria mais só amizade, mas dois medos tomavam conta de mim. O primeiro era o relacionamento não dar certo, e mais do que isso: eu perder o meu melhor amigo. E o segundo e último, era perder a amizade da minha melhor amiga, que dizia gostar dele.

Quem deu destino a minha bifurcação foi minha ex-melhor amiga, que decidiu sair da jogada e deixar o caminho aberto para nós. Ela percebeu o que eu não enxergava, e uma coisa é certa: se ela não tivesse saído da parada, hoje jamais estariamos juntos. E sabe, foi a melhor coisa que aconteceu, porque descobri que não preciso de amigos como ela e como todos os outros que eu tinha naquela época. É claro que vou guardar com carinho nossos momentos, mas a mágoa das coisas ruins que aconteceram continuam.

E mais do que isso, descobri que é maravilhoso ter o melhor amigo como namorado, sabe por quê? Porque muitas pessoas acham que a amizade muda, e a vida muda, tratam desse assunto como algo impossível de acontecer, e fazem uma tempestade em copo d'agua, digo isso por experiêcia própria. Mas se esquecem de que na verdade ele já é seu amigo (lembre-se de que ele é seu melhor amigo), ele já vai saber que você ama canjica e seu sorvete preferido é de passas ao rum. ele já vai saber que você chora nos finais de filmes tristes e que você adora ganhar bolsas e livros de presente. Ele já sabe que você é uma baladeira de plantão e ama ficar bebada com jurupinga. Ele já sabe que você é palmeirense rocha e ama rosa...

...Ele já sabe que você ama carinho, ama receber elogios, ama confetes, e adora fazer doce, você não tem que ensinar nada, e tanto quanto você, ele quer que esse relacionamento dê certo.

Mas sabe o que é mais perfeito?

Depois que rola o primeiro beijo, nossa, você descobre que além de ser o seu melhor amigo (sim, porque a amizade continua a mesma coisa), ele ainda é o homem da sua vida, porque você vai ao delírio com aquela boca macia que se encaixa perfeitamente na sua, você sente aquela famosa falta de ar, a famosa borboleta na barriga e daí cai a sua ficha, e você se pergunta: "Por que eu demorei tanto pra deixar que isso acontecesse?".

E daí você descobre que não era medo de perder o seu melhor amigo, e sim a ansiedade de descobrir que ele é o amor da sua vida!

Então eu volto a questão do início: "será que é certo namorar o meu melhor amigo?".

E essa resposta eu já sei decor, salteado e de ponta cabeça: Mais do que certo é perfeito, e é por isso que eu te amo e te quero tanto!