Pra quem gosta de Literatura, vale a pena conferir "O velho e o mar" de Ernest Hemingway foi uma das obras mais conceituadas do autor, ganhando o prêmio Plizer, além de ter sido a justificativa para o prêmio Nobel de Literatura em 1954.
Ernest Hemingway
Iniciou sua vida de escritor aos 18 anos, no jornal “Kansas City”. Após a entrada dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial em 1918, Hemingway tentou alistar-se para o exército americano, mas não foi aceito devido a um problema na visão. Decidido a ir à guerra, conseguiu uma vaga de enfermeiro de ambulância na Cruz Vermelha, gravemente ferido, foi hospitalizado em Milão, onde se recuperou e se apaixonou pela enfermeira Agnes Von Kurowsky, que se tornou sua inspiração para escrever o livro “Adeus as Armas” com a heroína inglesa Catherine Barkley.
Depois de voltar ao jornalismo em 1921, foi para Paris, iniciando seu convívio com outros escritores americanos e com o meio cultural mais efervescente da época. Sentindo falta do jornalismo e da vida de correspondente internacional, mudou-se para a Flórida, e na década de 30 decidiu sair para uma pescaria em alto mar com amigos, que terminou em Havana, capital Cubana, hospedou-se e um hotel no bairro de Habana Vieja bairro mais antigo da cidade que se tornou o lar do escritor, e os cenários que comporiam sua história e a da própria ilha pelos próximos 23 anos.
Em 1954 ganhou o prêmio Nobel de literatura e o livro “O velho e o Mar” foi explicitamente mencionado como uma justificativa para o prêmio, sendo considerado uma obra-prima para a prosa moderna.
Ernest Hemingway suicidou-se em 1961, e até hoje sua morte é um dos assuntos mais polêmicos nas discussões sobre sua vida e obra.
O Velho e o Mar
Autor: Ernest Hemingway
Editora: Bertrand Brasil
Valor: R$31,00
Edição: 55 - 2004
Idioma: Português
Número de páginas: 128
Obs: Em março de 2000m foi realizada uma adaptação para desenho animado, toda desenhada a mão pelo artista russo Alexander Petrov.
Autor: Ernest Hemingway
Editora: Bertrand Brasil
Valor: R$31,00
Edição: 55 - 2004
Idioma: Português
Número de páginas: 128
Obs: Em março de 2000m foi realizada uma adaptação para desenho animado, toda desenhada a mão pelo artista russo Alexander Petrov.
A Força de Um Gigante
A constante luta pela sobrevivência e a relação do homem com o mar são o apoio desta obra que foi a última de Ernest Hemingway publicada ainda em vida, em Cuba de 1952.
“Tudo o que nele existia era velho, com exceção dos olhos, que eram da cor do mar, alegres e indomáveis”, assim é descrito Santiago, um velho pescador, que antes era respeitado por todos os outros pescadores da aldeia, mas visto agora como sinônimo de azar e fracasso. Há 84 dias sem fisgar nenhum peixe, ele decide enfrentar uma busca desesperada mar a dentro, para pegar o maior peixe que cruzar o seu caminho. Assim, contando com a sorte, com um pingo de água e poucas iscas de sardinha, Santiago parte em direção ao golfo do México, alimentando-se de golfinhos e peixes voadores, que pescava durante a sua jornada, enfrentando o sol quente que lhe queimava a visão e a solidão do mar.
Fingindo conversar com alguém, enquanto na verdade clamava seus pensamentos, Santiago narra suas aventuras do passado, e deseja desesperadamente a presença de seu pequeno aprendiz e amigo Manolin, que foi obrigado pela família a deixar o velho e a se juntar a pescadores mais sortudos que ele.
Em toda narrativa, Ernest Hemingway mostra todos os seus conhecimentos ao descrever que para sobreviver em alto mar é preciso além da sorte, muita sabedoria sobre as mudanças climáticas e as correntes marinhas, a localização dos cardumes e o comportamento dos peixes, e mais do que isso, ele nos envolve com as dúvidas de Santiago, as suas angustias, nos faz sentir a mesma dor que ele, nos faz sentir o cheiro da água salgada e o gosto do peixe cru.
"E assim, quando já não podia mais ver o verde da costa e sim os cumes das colinas azuis, com o mar calmo em que a luz formava prismas na água", Santiago viu uma de suas varas dobrar-se violentamente. Ele sabia exatamente o que era: há uns 150 metros de profundidade, um espadarte estava comendo a sardinha que cobria a ponta do anzol, indo cada vez mais longe da costa. A luta durou três longos dias, com sol a pino castigando-lhe os olhos, a linha rasgando-lhes as mãos, até que apenas uma delas continuava em condições para que o velho Santiago vencesse o enorme peixe.
“Tudo o que nele existia era velho, com exceção dos olhos, que eram da cor do mar, alegres e indomáveis”, assim é descrito Santiago, um velho pescador, que antes era respeitado por todos os outros pescadores da aldeia, mas visto agora como sinônimo de azar e fracasso. Há 84 dias sem fisgar nenhum peixe, ele decide enfrentar uma busca desesperada mar a dentro, para pegar o maior peixe que cruzar o seu caminho. Assim, contando com a sorte, com um pingo de água e poucas iscas de sardinha, Santiago parte em direção ao golfo do México, alimentando-se de golfinhos e peixes voadores, que pescava durante a sua jornada, enfrentando o sol quente que lhe queimava a visão e a solidão do mar.
Fingindo conversar com alguém, enquanto na verdade clamava seus pensamentos, Santiago narra suas aventuras do passado, e deseja desesperadamente a presença de seu pequeno aprendiz e amigo Manolin, que foi obrigado pela família a deixar o velho e a se juntar a pescadores mais sortudos que ele.
Em toda narrativa, Ernest Hemingway mostra todos os seus conhecimentos ao descrever que para sobreviver em alto mar é preciso além da sorte, muita sabedoria sobre as mudanças climáticas e as correntes marinhas, a localização dos cardumes e o comportamento dos peixes, e mais do que isso, ele nos envolve com as dúvidas de Santiago, as suas angustias, nos faz sentir a mesma dor que ele, nos faz sentir o cheiro da água salgada e o gosto do peixe cru.
"E assim, quando já não podia mais ver o verde da costa e sim os cumes das colinas azuis, com o mar calmo em que a luz formava prismas na água", Santiago viu uma de suas varas dobrar-se violentamente. Ele sabia exatamente o que era: há uns 150 metros de profundidade, um espadarte estava comendo a sardinha que cobria a ponta do anzol, indo cada vez mais longe da costa. A luta durou três longos dias, com sol a pino castigando-lhe os olhos, a linha rasgando-lhes as mãos, até que apenas uma delas continuava em condições para que o velho Santiago vencesse o enorme peixe.
O autor buscava uma prosa calcada na linguagem jornalística, baseada em verbos e substantivos, e não nos adjetivos, que considerava excessos emotivos. Suas obras eram romances e nevolas aventurescas, em que o personagem principal quase sempre tinha uma batalha a enfrentar, as vezes superior a sua força.
"(...) O esqualo não veio por acaso. Viera das profundezas das aguás, quando a nuvem escura de sangue se espalhara pelo mar que tinha uma milha de profundidade. O tubarão subira depressa, sem o menor cuidado, e, quando veio a tona na água, brilhou inesperadamente ao sol. Em seguida tornara a mergulhar no mar e começara a nadar em perseguição da embarcação e do peixe (...)"
Santiago sabia que a volta para Havana não seria fácil, atraídos pelo sangue da conquista, é perseguido por tubarões de diferentes raças e tamanhos, e escapando de cada um deles com apenas dois remos, o leme e o pequeno martelo, chega a seu destino apenas para constatar o seu cansaço e a carcaça do enorme peixe.
Quebrado por dentro e depois de cuspir um líquido estranho, Santiago vai para o pobre casebre onde vive, derrotado deita em sua cama coberta de jornais velhos e descansa sob os cuidados do pequeno Manolin. Com o amanhecer, outros pescadores vêem o barco atracado, com o esqueleto do peixe amarrado em um dos lados e o comprimento do espadarte traz de volta ao velho a admiração de todos.
Enfim o livro “O velho e o Mar” conta a estória de um homem persistente e de inabalável confiança em si próprio, mesmo diante dos terríveis obstáculos que a vida lhe impõe. A obra nos envolve nas angustias e sonhos de um velho pescador, testa os limites da capacidade humana diante de uma natureza voraz, e acima de tudo nos mostra como devemos agarrar os nossos sonhos e nunca desistirmos dele.
Santiago sabia que a volta para Havana não seria fácil, atraídos pelo sangue da conquista, é perseguido por tubarões de diferentes raças e tamanhos, e escapando de cada um deles com apenas dois remos, o leme e o pequeno martelo, chega a seu destino apenas para constatar o seu cansaço e a carcaça do enorme peixe.
Quebrado por dentro e depois de cuspir um líquido estranho, Santiago vai para o pobre casebre onde vive, derrotado deita em sua cama coberta de jornais velhos e descansa sob os cuidados do pequeno Manolin. Com o amanhecer, outros pescadores vêem o barco atracado, com o esqueleto do peixe amarrado em um dos lados e o comprimento do espadarte traz de volta ao velho a admiração de todos.
Enfim o livro “O velho e o Mar” conta a estória de um homem persistente e de inabalável confiança em si próprio, mesmo diante dos terríveis obstáculos que a vida lhe impõe. A obra nos envolve nas angustias e sonhos de um velho pescador, testa os limites da capacidade humana diante de uma natureza voraz, e acima de tudo nos mostra como devemos agarrar os nossos sonhos e nunca desistirmos dele.