Uma pesquisa realiza nos Estados Unidos, divulgou no mundo inteiro no dia 27 de abril de 2008 que desativando uma proteína humana chamada ITK poderá abrir novos caminhos para o combate do retrovírus da AIDS neutralizando a resistência do patógeno aos antirretrovirais.
Essa proteína ativa nos linfócitos T, células imunológicas importantes no organismo.
Estudos publicados no Anais da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (PNAS). A maioria dos tratamentos contra a Aids têm como alvo as proteínas do próprio vírus responsável pela infecção. Mas à medida que o HIV realiza várias mutações, estas proteínas mudam rapidamente e geram resistência do vírus aos tratamentos. Estes cientistas descobriram que atuando sobre a proteína ITK (interleukine-2-inducible T cell kinase) podiam bloquear a infecção das células imunológicas humanas pelo HIV. A proteína ITK ativa os linfócitos T no mecanismo normal de resposta imunológica do organismo humano. Contrariamente às proteínas do vírus HIV, a proteína ITK registra poucas mutações.
Tentar contra-atacar o vírus HIV, que muda muito rapidamente, prescrevendo combinações de medicamentos e mudando de tratamentos pode aumentar o risco de efeitos secundários tóxicos e nem sempre há sucesso, quando o HIV entra no organismo, infecta as células linfocitárias T e toma o controle do mecanismo de defesa, o que permite ao vírus produzir cópias de si mesmo.
A infecção acaba comprometendo o conjunto do sistema imunológico provocando a Aids, a síndrome da imunodeficiência adquirida. Estes trabalhos mostram que se a proteína ITK não estiver ativa, o vírus da Aids não pode usar eficazmente as células linfocitárias T para se reproduzir, o que as deixa mais lentas ou até bloqueia sua propagação.
AIDS se caracteriza por astenia, perda de peso acentuadas e por uma drástica diminuição no número de linfócitos T auxiliadores (CD4), justamente as células que ativam os outros linfócitos que formam o exército de defesa do corpo. O organismo da pessoa que possui o vírus HIV torna-se incapaz de produzir anticorpos em resposta aos antígenos mais comuns que nele penetram.Com a imunidade debilitada pelo HIV, o organismo torna-se susceptível a diversos microorganismos oportunistas ou a certos tipos raros de câncer
De 1980 a junho de 2007 foram notificados 474.273 casos de aids no País – 289.074 no Sudeste, 89.250 no Sul, 53.089 no Nordeste, 26.757 no Centro Oeste e 16.103 no Norte. No Brasil e nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste, a incidência de aids tende à estabilização. No Norte e Nordeste, a tendência é de crescimento. Segundo critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil tem uma epidemia concentrada, com taxa de prevalência da infecção pelo HIV de 0,6% na população de 15 a 49 anos.
O Boletim Epidemiológico 2007 trouxe, pela primeira vez, dados sobre a proporção de pessoas que continuaram vivendo com aids em até cinco anos após o diagnóstico. O estudo foi feito com base no número de pessoas identificadas com a doença em 2000. Os dados apontam que, cinco anos depois de diagnosticadas, 90% das pessoas com aids no Sudeste estavam vivas. Nas outras regiões, os percentuais foram de 78%, no Norte; 80%, no Centro Oeste; 81%, no Nordeste; e 82%, no Sul.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Uma luz no fim do túnel
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